
Neste livro, “Sputnick, Meu Amor”, Haruki Murakami realça uma profunda reflexão sobre a solidão. É impossível, quase, pensarmos que em cidades tão monstruosas como por exemplo Tóquio, que não dorme nem por um segundo e onde as enchentes humanas são paisagens permanentes, a solidão paire mesmo ao lado duma imensidão de gente. Sentimentos confundem-se e a necessidade da chamada de atenção torna-se incontrolável.
Um miúdo que roubava agrafadores num hiper-mercado sem justificação alguma. Uma mãe que outrora foi uma excelente contadora de histórias e que deixou de ter alguém para a ouvir falar, envolve-se com o professor do seu filho por este lhe dar atenção. O despertar de uma paixão, de um amor intenso como um tornado e que não valoriza qual o sexo ou género do parceiro.
“Porque será que estamos condenados a ser assim tão solitários? Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, todos irremediavelmente afastados. Porquê? Continuará a terra a girar unicamente para alimentar a solidão dos homens?”
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