domingo, 24 de maio de 2009

Sputnick, Meu Amor

Uma jovem aspirante a escritora que se apaixona por uma mulher mais velha e casada. Um professor primário no papel de confidente da sua apaixonada e que se torna amante da mãe de um dos seus alunos, por não ser corresporrespondido na sua paixão. Uma mulher enigmática, de meia idade e bem sucedida profissionalmente. Um triângulo onde se confundem os sentimentos.

Neste livro, “Sputnick, Meu Amor”, Haruki Murakami realça uma profunda reflexão sobre a solidão. É impossível, quase, pensarmos que em cidades tão monstruosas como por exemplo Tóquio, que não dorme nem por um segundo e onde as enchentes humanas são paisagens permanentes, a solidão paire mesmo ao lado duma imensidão de gente. Sentimentos confundem-se e a necessidade da chamada de atenção torna-se incontrolável.

Um miúdo que roubava agrafadores num hiper-mercado sem justificação alguma. Uma mãe que outrora foi uma excelente contadora de histórias e que deixou de ter alguém para a ouvir falar, envolve-se com o professor do seu filho por este lhe dar atenção. O despertar de uma paixão, de um amor intenso como um tornado e que não valoriza qual o sexo ou género do parceiro.

“Porque será que estamos condenados a ser assim tão solitários? Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, todos irremediavelmente afastados. Porquê? Continuará a terra a girar unicamente para alimentar a solidão dos homens?”

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